Conclusão da última turma de 2012 contou com a apresentação de um coral de internos do Case Jaboatão
Assessoria de Comunicação - Secretaria de Educação - 19/12/2012
Mais um grupo de professores concluiu, nesta quarta-feira (19), a formação para o ensino de adolescentes em atendimento socioeducativo, promovida pela Gerência de Educação em Direitos Humanos (GEDH), da Secretaria de Educação de Pernambuco (SE). O evento foi oferecido aos técnicos em direitos humanos das Gerências Regionais de Educação (GREs) e aos professores que trabalham nos Centros de Atendimento Socioeducativos (Cases), vinculados à Secretaria da Criança e da Juventude.
Atualmente, existem oito Cases em todo o Estado, sendo quatro na Região Metropolitana do Recife, e quatro no interior. Em cada unidade, funciona uma escola para o atendimento dos internos. São mais de 50 professores lecionando para jovens em privação de liberdade. O objetivo do encontro, o último do ano, foi promover um balanço de 2012 e discutir os desafios de educar esse perfil de adolescente.
Juciara Santiago é uma dessas educadoras. Ela ensina no Case Santa Luzia, no bairro de Afogados, Zona Oeste do Recife – unidade exclusiva para adolescentes do sexo feminino. “É um perfil de aluno diferente, que chega com a motivação fragilizada e é muito importante que tenhamos sensibilidade e humanismo para resgatar a sua autoestima. Por isso esse momento de hoje é salutar”, afirma.
Durante toda a manhã, professores, técnicos e gestores discutiram a importância da sala de aula chegar diretamente aos adolescentes. De acordo com o presidente da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), Alberto Vinícius de Melo, a educação vai ajudar os jovens a buscarem o caminho da cidadania.
A gerente de Educação em Direitos Humanos, Marta Lima, aproveitou o encontro para reafirmar a parceria com a Funase. “Procuramos entrelaçar os dedos com a Secretaria da Criança e da Juventude, através da Funase, para proporcionar a esses jovens o direito à educação”, ressalta.
O destaque foram os 28 adolescentes do Case Jaboatão dos Guararapes que integram o Coral Águas que Passam. O nome do coral, explica Luziane Oriá, representa a transitoriedade da falta de liberdade em que os rapazes vivem. Acompanhados por um maestro, eles interpretaram canções como Sabiá, de Luiz Gonzaga, e Esperando na Janela, de Gilberto Gil. Em um quadro, escreveram palavras que consideram representativas como sinceridade, casa, alegria e água.
Quando deixarem o Case, os meninos pensam apenas em recomeçar a vida de outra forma como um adolescente cujas iniciais são GG, que canta e toca triângulo no coral, e que leu as palavras escritas no mural e pediu a palavra para deixar uma mensagem aos professores. “Eu gostaria de dizer que faço curso de dança e balé clássico, de orquídeas e ainda de atletismo. A vida dá muitas oportunidades”, concluiu o adolescente.
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